Obviamente, o momento atual não é o mais propício para se questionar a opção por um psicólogo do esporte na seleção brasileira de futebol. Nesse momento, talvez a presença de um pastor evangélico seja realmente mais funcional. Reconhecer processos mentais nos episódios como os que envolveram a convulsão do Ronaldo (e possíveis reflexos na equipe), o excesso de estrelismo nos jogadores da "Era Parreira"e considerar algumas reações emocionais disfuncionais como algo inerente à espécie humana é exigir demais de profissionais que entendem apenas de técnica e tática. Que bom que a lesão do Júlio César não foi grave. Mas e se fosse? Como ele e a equipe reagiriam ? Supor que alguém, antes de uma final, pode passar do nível de ativação ideal é exagero?
A aposta na utilização de um serviço de psicologia deveria ter sido feita nas etapas em que a comissão técnica estava ainda preparando e selecionando os atletas para 2010. Da mesma forma como aconteceu com os demais integrantes, a relação de trabalho já teria sido estabelecida e não seriam apenas 30 minutos de conversa. Sem falar nos instrumentos como o sociograma, o Profile of Mood States, avaliações psicomotoras e psicofisiológicas que poderiam ajudar inclusive na logística para a manutenção de um um bom estado cognitivo em campo. Pra Frente Brasil! Vamos evoluir com a ciência!
Na preparação para a Copa de 2006, a seleção italiana apostou no treinamento mental realizado com Neurofeedback, conduzido por expoentes cientistas que compõe o Milan Lab (Centro de Pesquisa Científica de alto conteúdo tecnológico do A.C. Milan), que utiliza princípios das Neurociências, ciências bioquímicas, cognitivas, motoras, engenharia e psicologia. Será que tal Treinamento teve alguma contribuição na conquista Italiana? Algo difícil de mensurar, mas podemos perceber grandes inovações na área da preparação mental de atletas. Quem sabe aprenderam algo com o destempero de Bággio em 1994?
O serviço de Psicologia do C. R. Flamengo fica muito satisfeito com a contribuição direta na formação de atletas como Júlio César, Juan e Kléberson e indireta à equipe brasileira na África do Sul. Com ou sem assistência da psicologia, a torcida pelo equilíbrio é muito grande:Pra Frente Brasil! Salve a seleção!
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