Flamengo Campeão

BEM VINDO AO PRINCIPAL PORTAL DA PSICOLOGIA DO ESPORTE NO BRASIL

Com mais de duas décadas de prática ininterrupta, o serviço de Psicologia do Clube de Regatas do Flamengo é um dos mais tradicionais do Brasil no trabalho psicológico com atletas de futebol. Ao longo dessa jornada, vem contribuindo efetivamente na formação de vários jogadores de destaque no futebol nacional e internacional. O trabalho dos psicólogos e estagiários de psicologia oferece acompanhamento e preparação psicológica a todas categorias do futebol, desde o mirim até o profissional. Há algum tempo também funciona no futsal, da categoria infantil até o adulto. O Serviço de Psicologia do Flamengo atende hoje a psicólogos e estudantes de psicologia do Brasil inteiro com instruções, referências e consultoria no trato desta área apaixonante. Aqui nesse espaço virtual você encontrará textos, artigos, notícias, blibliografia,dicas e reflexões, tudo para ajudar a psicologia do esporte nacional a alcançar o patamar que merece junto às ciências do esporte

A psicologia de diretores e treinadores


De acordo com o diretor Santista Adilson Durante Filho, o clube não terá psicólogos para trabalhar a mente dos jogadores pois, afinal de contas, o treinador dará conta das questões emocionais dos atletas:"Não temos psicólogo, pois, para mim, esse papel deve ser do técnico. Além disso, o Mancini tem essa característica, pois conversa muito bem com o grupo, por isso acredito que ele fará esse papel muito bem", afirmou Adilson.

Infelizmente estes não sabem como se trabalha a psicologia no esporte. Triste. Com esse tipo de postura quem perde são os atletas que deixam de ter um serviço técnico e especializado em saúde mental. Será que eles realmente acham que os atletas vão procurar o treinador para falar de questões pessoais, problemas de relacionamentos ou instisfações com o próprio treinador? É o treinador quem escala o time, imagine se um atleta que anda desmotivado vai conversar com o técnico. Isso só acontecerá se este atleta não quiser ser escalado.

O trabalho do psicólogo não se pauta apenas em conversas, existem exercícios mentais, técnicas de concentração e relaxamento, além de procedimentos de psciodiagnóstico e avaliação do grupo. Nunca vi nenhum treinador fazendo algo nesse sentido.

Além da falta de informação de técnicos e dirigentes sobre os benefícios da psicologia no esporte, a culpa dessa configuração atual também pode ser dividida com os próprios psicólogos que, muitas vezes despreparados para trabalhar com o esporte, arriscam-se na área, difundindo um trabalho que não condiz com a prática de especialistas na área.

Fica a esperança de um dia o psicólogo ter seu papel finalmente configurado como merecido: ao lado do técnico e do preparador físico, afinal somos "preparadores mentais" e como a mente não se dissocia do corpo, desde a época de Descartes (ver o livro"O Erro de Descartes" - Antônio Damasio), temos de estar presentes em todas as instâncias do comportamento e do pensamento. Quem sabe não seremos capazes de trabalhar como os chineses, contratando psicólogos para acompanhamento diário e intenso treinamento mental. Por que será que eles conseguiram tantas medalhas? Estrutura, é claro, e investimento em todos os setores do treinamento humano. Não me restam dúvidas que, diante de desportistas com o mesmo preparo físico e técnico, o preparo mental fará a diferença. Creio que os chineses nos mostraram isto (ver link abaixo):




João Ricardo Cozac, psicólogo do esporte renomado, com muitas publicações na área, demonstra sua revolta em uma coluna na Gazeta esportiva: "Desconsiderar ou desconhecer a Psicologia do Esporte nos dias de hoje não é compatível com o alvo dos que buscam a tal modernidade esportiva. Há muitos pesquisadores no mundo trabalhando a serviço do esporte e demonstrando excelentes resultados através desta abordagem" e ainda: "Vou me aventurar na carreira de treinador. Se técnico pode ser psicólogo, por que os estudiosos da alma humana não podem escalar e comandar os times?Já aviso que meu esquema tático favorito é o 3-5-2 , de preferência com as travas das chuteiras no peito do adversário".


Realmente João, por vezes vemos fatos no futebol que são de revoltar.

Torcemos por mais profissionalismo e respeito às ciências do esporte.


Texto de Erick Conde e Alberto Filgueiras

2 comentários:

Marcos Fontelles de Lima disse...

Erick Conde e Alberto Filgueiras,

Atualmente, temos uma pérola musical que define muito bem este texto: "Ado a ado, cada um no seu quadrado". Lamentável a postura do Santos, talvez se craques como o Robinho fossem trabalhados não somente na parte tática e fisica, ele não estaria envolvido com problemas extra-campo. Acho que o atleta precisa ser preparado fisica, mental, comportamental, tática e NUTRICIONALMENTE. Tive que puxar a sardinha um pouco pro meu lado hahaha.

Unknown disse...

Parabéns ao Serviço de Psicologia do Flamengo pela publicação.
Psicólogos trabalham as dificuldades dos esportistas, mas mais do que isso, conhecem sobre as variáveis que controlam o comportamento, ensinam-nas e com isso preparam o atleta a conseguir melhores resultados. O conhecimento e aplicação comportamento humano são especialidades. Provavelmente o técnico de futebol tenha seus outros conhecimentos para ensinar.
Abraços!
www.carinecampospsicologa.com