Por ADRIANA LACERDA – CRP- RJ/05 26267
Psicóloga do Futebol de Base do Clube de Regatas do Flamengo
Psicóloga do Dueto Olímpico de Nado Sincronizado
Psicóloga da Confederação Brasileira de Judô
A aproximação do maior evento esportivo mundial, os Jogos Olímpicos, a serem realizados em Pequim, na China pode suscitar pensamentos, sentimentos, comportamentos e reações psicofisiológicas nos atletas participantes que afetam positivamente ou negativamente o rendimento esportivo de cada um. A partir dos conceitos fundamentados nas idéias da teoria psicológica cognitiva de Beck (1997) [1] e adaptados para a psicologia esportiva, em linhas gerais pode-se afirmar que um bom funcionamento mental dependerá da interpretação que cada atleta tem da situação.
Caso a participação neste evento de grande magnitude seja interpretada como ameaçadora, fonte de cobrança excessiva ou geradora de alto nível de expectativa, sentimentos como medo, ansiedade ou insegurança podem ser desencadeados. Altos níveis de stress podem gerar fadiga muscular comprometendo todo um processo de preparação técnico e físico para a competição. Segundo Lipp (1996) [2] , "Stress é definido como uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, causadas pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite, confunda ou mesmo que a faça imensamente feliz".
Técnicas psicológicas como relaxamento, visualização e mentalização em conjunto com um trabalho de reestruturação podem ser conduzidas visando à redução das reações psicofisiológicas disfuncionais. Por isso, a preparação e o acompanhamento psicológicos por profissional da área são fundamentais na identificação e resolução de intercorrências emocionais prevenindo comportamentos indesejáveis no período competitivo em prol da excelência de performance.
[1] BECK, J. S. Terapia Cognitiva: Teoria e prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
[2] LIPP, M. N. Pesquisas Sobre o Stress no Brasil. São Paulo: Papirus, 1996.
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