Neurociência e as cobranças de faltas

No futebol, uma falta bem cobrada pode definir uma partida ou aumentar as chances de gol em lances próximos à área. Quem não se lembra do golaço de Petkovic na final do campeonato estadual de 2001? Nomes como Rogério Ceni e Ronaldinho Gaúcho são considerados expoentes do Brasil nas cobranças de bola parada. A performance de jogadores como o nosso Galinho de Quintino também não pode ser esquecida.
Além da força muscular necessária para o deslocamento e velocidade da bola, as cobranças bem executadas requerem uma atividade cerebral apropriada para o planejamento e execução motora ideal. Níveis de concentração e emoção podem interferir no resultado final de uma cobrança, bem como a representação interna do movimento e a consciência corporal. Desde 2007, uma pesquisa científica de caráter aplicado se baseia em descobertas recentes sobre o funcionamento das redes neurais relacionadas ao movimento e pretende colaborar com a precisão dos atletas Rubro-negros nas cobranças de faltas próximas à área. Conduzida pelo pesquisador Erick Conde, o estudo está sendo desenvolvido com alguns atletas da categoria juvenil e se encontra em uma fase final de análise dos resultados obtidos na primeira etapa do estudo. “O objetivo é desenvolver uma maior capacidade de concentração e também a consciência pelo movimento, utilizando alguns princípios funcionais de uma classe de neurônios específica relacionada com o aprendizado motor (neurônios espelhos) e também informações sobre a neuroplasticidade nas áreas corticais de integração somatosensorial, planejamento e execução motora”, afirma o pesquisador.

Ver também: a falta que decidiu um título http://br.youtube.com/watch?v=ocbUFHNTqSw

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